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SOMBRAS DE BEIRUT
Espanha | 2021 | ficção | 10 minutos
O Líbano é o país com mais refugiados per capita no mundo, chegando a um terço da população. Como isso é gerenciado? Os pesquisadores explicam que não são considerados refugiados, mas pessoas deslocadas que só podem trabalhar em três setores: construção, agricultura e limpeza. Não há campos de refugiados, mas terras alugadas pelas quais eles têm que pagar. ABDALLAH trabalha na agricultura. Ele e outros parentes costumavam vir da Síria para o Líbano para trabalho sazonal. Devido à guerra, eles foram forçados a ficar lá e agora vivem em tendas. MAHA abre sua casa, tem 20 pessoas morando lá. NADINE volta ao Líbano 20 anos depois para documentar a situação dos refugiados. Ela conhece HASSAN, que fugiu da guerra; ela também fez isso quando tinha 8 anos. É um ciclo de violência que continua se repetindo. IBRAHIM e MOUSSA trabalham para uma ONG. IBRAHIM está tentando obter o visto e não obtém resposta. Ele é constantemente parado em postos de controle. A discriminação praticada tem uma raiz: a ocupação síria do Líbano por quase 30 anos. A imagem de vítima-vitimizador está desaparecendo. Até 2005, os postos de controle militar eram administrados pelo exército sírio contra a população libanesa. Atualmente, a situação é oposta. Nadine e Hassan compartilham um passado. Eles escapam para as montanhas com alguns amigos para passar o dia e sentir um pouco de liberdade. Quando estão voltando para a cidade, são parados em um posto de controle, o que espera Hassan? Os sírios vivem com medo, nunca sabem o que vai acontecer. Sempre há postos de controle para cruzar. ASHRAF, sociólogo, fala sobre a radicalização causada pela pressão, sobre dignidade e medo. A elite política usa os sírios como bodes expiatórios, aumentando a discriminação social. As fronteiras estão fechadas, não há para onde correr. Damasco, 5 anos antes, o momento em que Hassan decide fugir da guerra. Suas expectativas eram diferentes. Elas sempre são.
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